sábado, 26 de dezembro de 2015

08/12/2005
– Não me julgue!!!–. De repente, esse pedido surgiu na minha cabeça. Deixa pra lá, não vou me preocupar com bobagens.


09/12/2005
      Sempre erro na concordância verbal. Começo a escrever no presente e termino no passado. O meu engano não é só pelo errar na concordância. Vem, também, da minha lógica de achar, que o ato de pensar é o presente e quando o escrevo, torna-se pretérito.
     A explosão da idéia é momentânea. Ao passá-la para o papel, transforma-se numa lembrança.    Tenho pressa em escrever logo no papel, por medo dos meus pensamentos se evaporem. Não quero perdê-los.

     Comprarei um caderno, para anotar tudo que imagino. Será o início de tudo, que almejo. Espero que o seja. Mas, sempre esqueço de comprar o caderno de anotações, no dia seguinte.
       Quando vou deixar de ter pressa em escrever e só publicar, quando o texto realmente estiver pronto; a pedra já polida.


13/12/2005

Começamos a perceber que envelhecemos, quando as crianças que correm pela rua, transformam-se em homens e mulheres e nós não os reconhecemos, quando nos cumprimentam.



20/12/2005
O silêncio é temporário e precede a destruição. Quero eternizar, os momentos alegres. Como àquele dia, que vesti uma bermuda( que não cabia mais em mim) e fui ao Centro da Cidade. Lá, comprei um livro que estava procurando há muito tempo. Eu me sentia um garimpeiro que achou uma valiosa pepita de ouro.



22/12/2005
  Nunca pertenci a nenhum grupo. Sempre fui peculiar. Será que existem pessoas, que nem a mim? Deve existir, o mundo é tão vasto.
      Não fiz parte da turma dos bagunceiros, dos inteligentes, dos populares, dos artistas e nem dos alternativos.
       Nasci assim,  uma peça de um quebra-cabeça defeituosa, que não se encaixa nas outras.




            26/12/2005
Sou minha própria esfinge e me devoro.



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