08/12/2005
– Não me julgue!!!–. De repente, esse
pedido surgiu na minha cabeça. Deixa pra lá, não vou me preocupar com bobagens.
09/12/2005
Sempre erro na concordância verbal. Começo a escrever no presente e
termino no passado. O meu engano não é só pelo errar na concordância. Vem,
também, da minha lógica de achar, que o ato de pensar é o presente e quando o
escrevo, torna-se pretérito.
A explosão da idéia é momentânea. Ao passá-la para o papel,
transforma-se numa lembrança. Tenho
pressa em escrever logo no papel, por medo dos meus pensamentos se evaporem.
Não quero perdê-los.
Comprarei um caderno, para anotar tudo que imagino. Será o início de
tudo, que almejo. Espero que o seja. Mas, sempre esqueço de comprar o caderno
de anotações, no dia seguinte.
Quando vou deixar de ter pressa em
escrever e só publicar, quando o texto realmente estiver pronto; a pedra já
polida.
13/12/2005
Começamos a perceber que envelhecemos,
quando as crianças que correm pela rua, transformam-se em homens e mulheres e
nós não os reconhecemos, quando nos cumprimentam.
20/12/2005
O silêncio é temporário e
precede a destruição. Quero eternizar, os momentos alegres. Como àquele dia,
que vesti uma bermuda( que não cabia mais em mim) e fui ao Centro da Cidade.
Lá, comprei um livro que estava procurando há muito tempo. Eu me sentia um
garimpeiro que achou uma valiosa pepita de ouro.
22/12/2005
Nunca pertenci a nenhum
grupo. Sempre fui peculiar. Será que existem pessoas, que nem a mim? Deve
existir, o mundo é tão vasto.
Não fiz parte da turma
dos bagunceiros, dos inteligentes, dos populares, dos artistas e nem dos
alternativos.
Nasci assim, uma peça de um quebra-cabeça defeituosa, que
não se encaixa nas outras.
26/12/2005
Sou minha própria
esfinge e me devoro.
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